domingo, 24 de outubro de 2010

Cinema e Teatro

        No link abaixo, segue a sinopse, o trailer e algumas fotos do filme "Feliz Ano Velho", dirigido por Roberto Gervitz e baseado na obra de Marcelo Rubens Paiva:


        No link abaixo, segue o artigo de Aramis Millarch, originalmente publicado em 1985, falando sobre a peça de teatro "Feliz Ano Velho", dirigida por Paulo Betti:




quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sinopse do livro

        “Feliz Ano Velho” relata o acidente que deixou Marcelo, o próprio autor do livro, tetraplégico aos 20 anos de idade, dias antes no Natal de 1979. Jovem e cheio de vida, o garoto vê seu destino mudar após, durante um passeio com os amigos, mergulhar em um lago e bater a cabeça em uma pedra, quebrando uma vértebra.
        Depois do acidente, Marcelo passa meses no hospital recebendo visitas e dependendo da ajuda de amigos, familiares e enfermeiros para comer, tomar banho, mudar de posição e tomar os medicamentos, urinando através de uma sonda. Conforme o tempo passava, sem sentir nada abaixo do pescoço e não podendo se mexer, Marcelo resgatava, detalhadamente, momentos importantes do seu passado (festas, amores, datas comemorativas, familiares, mortes, amigos, viagens...), trazendo fortes questões para se refletir. Em seus pensamentos, o jovem também relembrava os absurdos cometidos pelos militares na época da Ditadura Militar no Brasil, pois seu pai, que era deputado, fora sequestrado pelos militares e nunca mais foi visto.
        Deixando de ser o jovem que sempre fez tudo o que desejava para, após o acidente, ver-se impotente diante dos acontecimentos, Marcelo se recuperava aos poucos. Após um ano, muitas mudanças ocorreram e o garoto não sabia se preferia estar morto. Na verdade, ele preferia não pensar. Mais magro e preso a uma cadeira de rodas, Marcelo aprendeu a dar valor às verdadeiras amizades e jamais desistir. O livro termina em dezembro de 1980, quando o cadeirante revela: “Não sei como vou estar fisicamente, não sei como irei ganhar a vida e não estou a fim de passar nenhuma lição. [...] Não sou herói, sou apenas vítima do destino, dentre milhões de destinos que nós não escolhemos. Aconteceu comigo. Injustamente, mas aconteceu. É foda, mas que jeito...”


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Opinião do grupo

        O que mais nos chamou atenção neste livro foi que, mesmo sendo vítima de um acidente trágico, Marcelo nunca deixou de ser uma pessoa engraçada e de bem com a vida. Ele poderia tentar suicídio ou ficar reclamando constantemente do destino que a vida lhe reservou, mas não, ele seguiu em frente e fez de tudo para se tornar um homem independente, mesmo sobre uma cadeira de rodas.
        No início do livro, o narrador não fazia a menor ideia de que estava tetraplégico e, por isso, é uma das partes mais emocionantes do livro. O interessante é que, mesmo dependendo de outras pessoas para comer, tomar banho, etc., Marcelo fez disso tudo uma grande brincadeira, ganhando assim grandes amigos, estando entre eles, inclusive, alguns de seus infermeiros. 
        Ao ficar sozinho, o garoto sempre relembrava acontecimentos de sua vida antes do acidente, o que torna a história ainda mais comovente. Ele conta sobre suas experiências amorosas, suas amizades, suas viagens, sua família, suas manias e shows que já havia feito e, tudo isso, da mehor forma possível, como se cada momento tivesse valido a pena, inclusive os desagradáveis.
        O fato de Marcelo Paiva, ou Marcelo "Rodas" (como ele se nomeia no final do livro), ter sofrido um acidente que o deixou tetraplégico colaborou para que ele se tornasse uma pessoa melhor. Deixando o preconceito de lado, ele pode contar com a ajuda de outras pessoas para sobreviver e, aos poucos, se recuperar. Sabendo que esse tipo de acidente pode acontecer com qualquer ser humano, pensamos que Marcelo encarou o maior desastre da sua vida da melhor forma possível, sabendo que tudo tem seu tempo. 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Perfil do protagonista

        O personagem principal do livro é Marcelo Rubens Paiva, o próprio autor. Filho de engenheiro e advogada, tinha uma vida boa e nunca precisou trabalhar. Na época, ele era um jovem paulista de classe média alta, tinha muitas namoradas, cursava Engenharia Agrícola na Unicamp, morava com alguns amigos em Campinas e visitava com frequência a família em São Paulo. Ele era alto, branco, tímido, vaidoso, romântico, debochado e não gostava de ser enganado. Gostava de tocar violão, tinha uma banda, fumava "Minister", jogava futebol (no gol) e era fanático pelo time do Corínthians e pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Aos 20 anos, sofreu um acidente que o deixou tetraplégico. Além de tudo isso, sempre se mostrou confiante, dizendo que logo sairia dessa situação. Após o acidente, parou de fumar "Minister" e passou pro "Luiz XV". Parou de tocar violão e deixou a barba crescer, além de ter ficado mais magro, perdido algumas noites de sono e ganhado algumas cicatrizes no corpo.


Biografia do autor

        No link abaixo, segue a biografia completa com foto de Marcelo Rubens Paiva:



Capa do livro