O que mais nos chamou atenção neste livro foi que, mesmo sendo vítima de um acidente trágico, Marcelo nunca deixou de ser uma pessoa engraçada e de bem com a vida. Ele poderia tentar suicídio ou ficar reclamando constantemente do destino que a vida lhe reservou, mas não, ele seguiu em frente e fez de tudo para se tornar um homem independente, mesmo sobre uma cadeira de rodas.
No início do livro, o narrador não fazia a menor ideia de que estava tetraplégico e, por isso, é uma das partes mais emocionantes do livro. O interessante é que, mesmo dependendo de outras pessoas para comer, tomar banho, etc., Marcelo fez disso tudo uma grande brincadeira, ganhando assim grandes amigos, estando entre eles, inclusive, alguns de seus infermeiros.
Ao ficar sozinho, o garoto sempre relembrava acontecimentos de sua vida antes do acidente, o que torna a história ainda mais comovente. Ele conta sobre suas experiências amorosas, suas amizades, suas viagens, sua família, suas manias e shows que já havia feito e, tudo isso, da mehor forma possível, como se cada momento tivesse valido a pena, inclusive os desagradáveis.
O fato de Marcelo Paiva, ou Marcelo "Rodas" (como ele se nomeia no final do livro), ter sofrido um acidente que o deixou tetraplégico colaborou para que ele se tornasse uma pessoa melhor. Deixando o preconceito de lado, ele pode contar com a ajuda de outras pessoas para sobreviver e, aos poucos, se recuperar. Sabendo que esse tipo de acidente pode acontecer com qualquer ser humano, pensamos que Marcelo encarou o maior desastre da sua vida da melhor forma possível, sabendo que tudo tem seu tempo.
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