“Feliz Ano Velho” relata o acidente que deixou Marcelo, o próprio autor do livro, tetraplégico aos 20 anos de idade, dias antes no Natal de 1979. Jovem e cheio de vida, o garoto vê seu destino mudar após, durante um passeio com os amigos, mergulhar em um lago e bater a cabeça em uma pedra, quebrando uma vértebra.
Depois do acidente, Marcelo passa meses no hospital recebendo visitas e dependendo da ajuda de amigos, familiares e enfermeiros para comer, tomar banho, mudar de posição e tomar os medicamentos, urinando através de uma sonda. Conforme o tempo passava, sem sentir nada abaixo do pescoço e não podendo se mexer, Marcelo resgatava, detalhadamente, momentos importantes do seu passado (festas, amores, datas comemorativas, familiares, mortes, amigos, viagens...), trazendo fortes questões para se refletir. Em seus pensamentos, o jovem também relembrava os absurdos cometidos pelos militares na época da Ditadura Militar no Brasil, pois seu pai, que era deputado, fora sequestrado pelos militares e nunca mais foi visto.
Deixando de ser o jovem que sempre fez tudo o que desejava para, após o acidente, ver-se impotente diante dos acontecimentos, Marcelo se recuperava aos poucos. Após um ano, muitas mudanças ocorreram e o garoto não sabia se preferia estar morto. Na verdade, ele preferia não pensar. Mais magro e preso a uma cadeira de rodas, Marcelo aprendeu a dar valor às verdadeiras amizades e jamais desistir. O livro termina em dezembro de 1980, quando o cadeirante revela: “Não sei como vou estar fisicamente, não sei como irei ganhar a vida e não estou a fim de passar nenhuma lição. [...] Não sou herói, sou apenas vítima do destino, dentre milhões de destinos que nós não escolhemos. Aconteceu comigo. Injustamente, mas aconteceu. É foda, mas que jeito...”
Depois do acidente, Marcelo passa meses no hospital recebendo visitas e dependendo da ajuda de amigos, familiares e enfermeiros para comer, tomar banho, mudar de posição e tomar os medicamentos, urinando através de uma sonda. Conforme o tempo passava, sem sentir nada abaixo do pescoço e não podendo se mexer, Marcelo resgatava, detalhadamente, momentos importantes do seu passado (festas, amores, datas comemorativas, familiares, mortes, amigos, viagens...), trazendo fortes questões para se refletir. Em seus pensamentos, o jovem também relembrava os absurdos cometidos pelos militares na época da Ditadura Militar no Brasil, pois seu pai, que era deputado, fora sequestrado pelos militares e nunca mais foi visto.
Deixando de ser o jovem que sempre fez tudo o que desejava para, após o acidente, ver-se impotente diante dos acontecimentos, Marcelo se recuperava aos poucos. Após um ano, muitas mudanças ocorreram e o garoto não sabia se preferia estar morto. Na verdade, ele preferia não pensar. Mais magro e preso a uma cadeira de rodas, Marcelo aprendeu a dar valor às verdadeiras amizades e jamais desistir. O livro termina em dezembro de 1980, quando o cadeirante revela: “Não sei como vou estar fisicamente, não sei como irei ganhar a vida e não estou a fim de passar nenhuma lição. [...] Não sou herói, sou apenas vítima do destino, dentre milhões de destinos que nós não escolhemos. Aconteceu comigo. Injustamente, mas aconteceu. É foda, mas que jeito...”
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